quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Ilhéu de Vila Franca do Campo

A 23 e 24 de Janeiro de 2010, decorreu uma visita ao ilhéu de Vila Franca do Campo. A pequena equipa constituída por 2 biólogos, 2 engenheiros e 1 educador ambiental embarcou numa pequena expedição rumo a mais uma aventura.
Na equipa estava presente o Steffen visitante e técnico da RSPB, dois técnicos do projecto e 2 voluntários de S. Miguel (Obrigado André e Natália - pela ajuda e as molhas).


Nesta visita tinhamos que garantir as condições de nidificação para as diferentes aves marinhas - Frulho (Puffinus assimilis), Paínho (Oceanodroma castro) e Cagarro (Calonetris diomedea) - através da instalação de ninhos artificiais. As duas primeiras espécies são aves mais raras de serem observadas.
Arregaçamos as mangas, colocamos as luvas, e olhamos para as enxadas e as pás. Sim ... olhamos, a vontade de cavar era pouca depois de carregar todo o material para a zona de testes e de ter resgatado alguns dos vasos que caíram nas águas geladas do nosso Atlântico. Mas com motivação pusemos as mãos à obra.



Abrimos algumas pequenas valas, colocamos os vasos com orifícios que permitem as aves entrarem, montamos um pequenos sistema de som para atrair aves marinhas e...
Esperamos ... e Testamos...



Acabamos por pernoitar no Ilhéu. Na manhã seguinte, cansados e com vontade de acabar o trabalho testamos os ninhos artificiais para cagarros. Ao fim da manhã acabamos o nosso trabalho - 50 Ninhos de Frulho + 50 de Paínho e 4 de Cagarro - e manifestavam-se os sinais para abandonar o ilhéu. O vento forte e a ondulação do mar faziam-se sentir e regressamos a Vila Franca do Campo no Tagarete, o barco do Clube Naval.
Com uma mistura de ingredientes especiais, desde da pouca sorte ou da pura casualidade, a viagem começou molhada para alguns e acabou encharcada para todos. Mas sempre com o espírito amizade e de fraternidade e gratos por esta contribuição na conservação destas aves marinhas.

Obrigado Steffen Oppel pelas fotos

1 comentário:

  1. Visitei também o Ilhéu de Vila Franca após as grandes chuvadas desta semana. Reparei que a chuva abundante na ausencia do coberto vegetal ( as tais canas que retiraram)arrastou muita terra para o interior da cratera. A erosão devido á vossa acção é muto maior.
    Já agora 1- Esses experimentos foram precedidos de estudos de impacto dessa acção sobre o Ilhéu?
    Já agora 2- porque não experimentam cagarros artificiais. :)

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